Rio Branco Atlético Clube


O Rio Branco Atlético Clube é um clube de futebol da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Fundado no dia 21 de junho de 1913, é o maior campeão capixaba com 36 títulos. Também conquistou uma segundona estadual em 2005, entre títulos de menor reputação, como títulos citadinos. É conhecido como Capa-Preta e Brancão, além de ter a maior torcida entre os clubes capixabas.


A história do Rio Branco se inicia em Maio de 1913. Das "peladas" e "rachas" em campos de áreas descobertas, os meninos dos Sul América e do XV de Novembro já se divertiam com o futebol e os dois outros times já pensavam em competições, o Rui Barbosa e o Victoria Foot-Ball Club, fundado por meninos brancos e ricos, mas os pobres também gostavam dos "rachas". Entre eles, José Batista Pavão e Antônio Miguez, até então balconistas em uma casa de ferragens, tanto que decidiram fundar um time.

No segundo domingo de Junho marcaram uma nova reunião e trouxeram vários convidados. O primeiro a aceitar o convite foi Nestor Ferreira Lima, que apesar de estudar no Colégio Estadual, não jogava no Sul América. Os meninos presentes, todos entre 14 e 16 anos, trocaram idéias e discutiram sobre tudo, da bola inglesa aos gorros. Nova reunião foi marcada, desta vez para a fundação do clube. A reunião foi marcada para o dia 21 de Junho de 1913 e os convidados deveriam levar uma sugestão de nome para o novo clube.

E chegou o dia. Todos presentes com suas melhores roupas. As sugestões de nomes foram variadas, desde nomes de personalidades da História do Brasil e datas comemorativas. Também várias sugestões de nomes de heróis portugueses, mas os mais populares já davam nomes a clubes existentes em Vitória (Saldanha da Gama e Álvares Cabral). Interessante notar que foi assim em vários locais do país. As alternativas foram se escasseando, quando um dos jovens, que Antônio Miguez não se recorda, sugeriu uma homenagem aos próprios jovens que o idealizaram, jovens e vigorosos. Surgiu o "Juventude e Vigor". Pouco tempo depois o nome foi mudado para Rio Branco Football Clube em homenagem ao chanceler Barão de Rio Branco.

O clube começou bem no cenário esportivo estadual, faturou títulos em 1918, 1919, 1921, 1924, 1929, 1930. Em 1917 o clube saiu do verde amarelo para o preto e branco. Na época quem se destacava na equipe era Gilberto Paixão, artilheiro excepcional, cabeceador temível e que fazia gols magistrais. Estreou no Rio Branco em 1916 e também jogou pela Seleção Capixaba. Jogou no Brancão de 1916 até 1928, quando encerrou a carreira. Foi presidente do Rio Branco nos anos 30. Morreu em 1958, comovendo toda Vitória.

A partir de 1916 os componentes do Rio Branco decidiram ocupar uma área em Jucutuquara, aonde foi construído o seu primeiro estádio, o Estádio do Zinco. O primeiro estádio de Zinco teve como lembrança a grande vitória do Brancão por 2 a 1 para o Flamengo em 1929. Nos anos 20 também teve a figura do quarto zagueiro Reynaldo Ribeiro no time alvinegro.

Parafuso também fez história, Em função de grave contusão no joelho, jogou apenas entre 1925 e 1929, tempo suficiente para ser lembrado como um dos maiores jogadores do clube. E, logo após, um dos maiores abnegados das Diretorias do Clube. Em função de sua militância nos Sindicatos de Trabalhadores, onde era conhecido como Meirelinho, foi preso e torturado diversas vezes. Quando preso, dirigentes influentes do clube davam um jeito de solta-lo, para que pudesse defender o time capa preta.

Em maio de 1936 o Rio Branco inaugurou o terceiro maior estádio do Brasil, orgulho do povo capixaba, o estádio Governador Bley. Na época só existiam dois estádios maiores que o Bley: o São Januário, do Vasco e as Laranjeiras, do Fluminense, no Rio de Janeiro. Para o Rio Branco conseguir o seu intento houve um principio de “guerra” contra o Vitória, que tentou de todas as formas ficar com a área através de influência de seus dirigentes junto ao Governo do Estado. Isso apimentou a rivalidade entre os dois clubes, que fazem até hoje o clássico mais antigo do Espírito Santo, chamado de ''Vi-Rio''. Nos anos 30 ainda conquistou um inédito hexacampeonato de 1934 a 1939, voltando a ser campeão em 1941 e 1942.

No mesmo ano acabou por mudar seu nome em definitivo para Rio Branco Atlético Clube. Conquistou um tricampeonato entre 1945 e 1947, além de 2 títulos em 1949 e 1951, respectivamente.

Naquele time se destacava Alcy Simões, para muitos o maior jogador do futebol capixaba, que marcou 213 gols em 255 partidas disputadas, uma média exuberante de 0,84 gols por jogo. Alcy tinha os apelidos de Lourinho, Russinho e Maravilha Dourada.

 Alcy Simões

 Nos anos 50 faturou mais um tricampeonato entre 1957 e 1959, onde se destacou a presença de Carlinhos Gabiru, segundo maior artilheiro da história do Capa-Preta, marcando 133 gols com a camisa alvinegra. Com Carlinhos, o time foi campeão também em 1962 e 1963. O ídolo morreu em 2001.


Em 1966, 1968, 1969, 1970, 1971, 1973, 1975 e 1978 foi campeão capixaba, sem dar estia para a sua nova rival, a Desportiva Ferroviária (atual Desportiva Capixaba, na época dirigida pela Vale do Rio Doce).

Em 1983 foi aposentado o estádio Governador Bley, que hoje pertence ao CEFETES, e inaugurado o grande Kléber Andrade, que tinha projeto para abrigar 80000 pessoas, mas teve capacidade para 45 mil pessoas.

O Capa-Preta disputou a Série A nos anos 70 em 1976, 1978 e 1979. Nos anos 80 foram campeões em 1982, 1983 e 1985, disputando 3 brasileirões, em 1983, 1984 e o de 13986, quando ficou em 20° lugar, a melhor campanha do Rio Branco em brasileirões. Contou no ano com uma memorável vitória sobre o Vasco da Gama no Kléber Andrade por 1 x 0 com gol de Márcio Fernandes, no jogo que contou com o recorde de público do estádio, com mais de 32 mil pagantes, mas como os torcedores pressionaram os portões para entrar, dizem que haviam quase 60 mil pessoas no estádio, que se acomodaram nos barrancos do estádio. Era a época em que os clubes de fora temiam jogar no Espírito Santo, pois a pressão da torcida era imensa.

 Campeões de 1982
Campeões de 1983

Campeões de 1985

A partir daí o Rio Branco amargou a pior fase da história, entrou em colapso financeiro, más administrações fizeram que o gigante clube do Espírito Santo perdesse espaço para times como a Desportiva, Serra e clubes do interior que constantemente conseguiam títulos estaduais. Disputou 3 campeonatos da Série C nos anos 90 e nos anos 2000 até ficou fora do estadual de 2005, sendo campeão da segunda divisão do ES, vencendo o Linhares.

Foi vice da Copa ES em 2008 e 2009, perdendo para a Desportiva e Vitória, respectivamente, e também perdeu a polêmica final do estadual de 2009 para o São Mateus, na qual foi definida nos tribunais. Entrou em uma nova fase após a venda do Kléber Andrade para o Governo do Espírito Santo, por 6 milhões.

Torcida Capa-Preta

Em 2010 o time quebrou o jejum, fez novamente um grande campeonato estadual, eliminou o Rio Bananal e fez a final contra o velho rival Vitória. Venceu o primeiro jogo por 1 x 0, com gol de Humberto no apagar das luzes e empatou o segundo em 0 x 0, com mais de 10 mil pessoas no Engenheiro Araripe, fazendo a festa da nação alvinegra no Espírito Santo.


Rio Branco campeão de 2010


Escudos Antigos



Mascote

Cavaleiro Capa-Preta

O Rio Branco Atlético Clube tem como mascote o Cavaleiro Capa Preta, isto foi uma homenagem ao Sr. Lafayette Cardoso de Resende, apaixonado torcedor, que se tornou símbolo da história do clube, pois na década de 1920 era fazendeiro nas proximidades do Monte Moxuara, região mais rural da Grande Vitória, e cavalcava até o antigo Estádio de Zinco, sempre com sua Capa de cor preta, para se proteger da poeira e da chuva! Ele ainda se deferenciava dos demais torcedores, por assistir aos jogos do alto do morro, que dava fundos para trave esquerda do gramado, sem apear-se do cavalo e nem tirar a capa preta. Torcedor apaixonado, Sr. Lafayete Cardoso, ao vibrar com os gols do time alvinegro, às vezes disparava tiros para o alto com seu revólver. Assim se comportando, Sr. Lafayete ficou logo conhecido, e mais que isso, sua presença passou a ser cobrada pelos torcedores alvinegros. E para ele não havia mais do que uma referência: era o Cavaleiro Capa Preta. Foi assim que o fazendeiro Sr. Lafayete Cardoso de Resende tornou-se o legendário Cavaleiro Capa Preta, um símbolo de admiração, de fidelidade e um qualificativo que consagra os torcedores clube até hoje.


Estádios
Zinco

Nome: Estádio de Zinco
Local: Vitória/ES
Capacidade: 4000 pessoas
Inauguração: 19/04/1919, no jogo Rio Branco 2 x 2 Fluminense de Niterói
Primeiro Gol: 
Recorde de Público:
Propriedade: Rio Branco Atlético Clube
Obs: primeiro estádio do Rio Branco, ficava nas salinas.
Desativação: 1936

 Governador Bley

Nome: Estádio Governador Bley
Cidade: Vitória/ES
Capacidade: 15000 pessoas
Inauguração: 31/05/1936, no jogo entre Rio Branco x Fluminense.
Primeiro Gol:
Recorde de Público:
Propriedade: CEFETES, antes do Rio Branco Atlético Clube
Obs: João Punaro Bley foi governador do Espírito Santo entre 1930 e 1943.
Kléber Andrade

Nome: Estádio Kléber José de Andrade
Local: Cariacica/ES
Capacidade: 45000 pessoas (liberadas 22000)
Inauguração: 07/09/1983, no jogo entre Rio Branco 3 x 2 Guarapari
Primeiro Gol: 
Recorde de Público: 32.328 pagantes (quase 60 mil pessoas), no jogo entre Rio Branco 1 x 0 Vasco, em 21/09/1986
Propriedade: Governo do Espírito Santo
Obs: Kléber José de Andrade foi presidente do Rio Branco e morreu durante a época da construção do estádio.

Hino
Letra e Música: Kléber Corradi

Meu Rio Branco, meu sonho, meu clube
Sempre que o vejo, sou todo emoção
Meu Rio Branco, sua raça, suas taças
Ficaram marcadas no meu coração.
Para onde for, lá também estarei
De corpo e alma sempre torcerei
Meu Rio Branco, lancei-me em seus braços
Você é culpado do amor que lhe dei.
Não posso evitar o pranto
Ao vê-lo brilhar em campo
Suas cores, sua bandeira
Traduzem luta e certeza
De que você é o maior
E pra mim não existe melhor.
Meu Rio Branco, seus anos são glórias
São toda a prova do meu bem querer
Meu Rio Branco, toda a sua história
Trago na memória com todo prazer.
Se é na vitória ou mesmo na derrota
Vê-lo na luta é nunca vê-lo ao chão
Meu Rio Branco, de mim dependendo
Pra seguir em frente nunca direi não.
Não posso evitar o pranto
Ao vê-lo brilhar em campo
Suas cores, sua bandeira
Traduzem luta e certeza
De que você é o maior
E pra mim não existe melhor.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=H8FFu5kCzbA&feature=related
 

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3 comentários:

Anônimo disse...

Da-lhe BRANCÃO!!!

classicocapixaba.blogspot.com disse...

Estes escudos estão errados! Os antigos são exatamente os que estão como os atuais! Afffffff

Matheus disse...

Se tiver a relação correta de escudos, me envie por favor, ajudará muito !

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