Ceilândia Esporte Clube


O Ceilândia Esporte Clube é um clube da região administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal e foi fundado no dia 23 de agosto de 1979. O gato preto, como é conhecido, também é um dos clubes de mais tradição no futebol brasiliense.

Início do Clube
Créditos: Site Oficial do Ceilândia

Ceilândia Esporte Clube surgiu a partir do Dom Bosco Esporte Clube. O Dom Bosco Esporte Clube foi fundado em 1963 por Francisco da Silva, o “Seu Chicão”, atual mordomo do Ceilândia, e sua esposa, ainda na antiga Vila do IAPI, onde hoje estão as quadras 3 e 5 do Setor de Mansões do Park Way, área nobre do Distrito Federal.
Em 1971, o governador do Distrito Federal, Hélio Prates da Silveira criou a Companhia de Erradicação de Invasões, com o propósito de retirar aqueles que chamavam de invasores da região nobre de Brasília, muitos deles pioneiros da construção da nova Capital. Dizem que o governador sentia-se deprimido ao ver aquelas favelas tão próximas do circulo do poder. Como o novo povoado foi organizado pela CEI (Companhia de Erradicação de Invasões), estava criada que foi pejorativamente denominado de CEI-lândia, vinculado à Administração Regional de Taguatinga. Não foram sómente moradores do IAPI que foram removidos para Ceilândia. Para cá também vieram pessoas da Vila Tenório, Bernardo Sayão e Querosene.
O Dom Bosco rapidamente firmou-se como um dos maiores times da Cidade, disputando a hegemonia com o Juventude Atlético Clube, Grêmio, Brasília e Juventus.
O futebol do Distrito Federal começou a se profissionalizar novamente a partir da criação do CEUB. Nos anos que se seguiram, o Campineira foi a base do Sobradinho, o Pioneira deu origem ao Taguatinga, mas Ceilândia continuava de fora.
Em 1977 surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco.
Finalmente, em 27 de março de 1978, o Dom Bosco foi registrado. Até então o time existia apenas de fato.
Por sugestão da atual Deputada Maria de Lourdes Abadia e então recém nomeada Administradora sugeriu-se que o nome do time mudasse, guardando as cores preto e branco do Dom Bosco, mas trocando o escudo com uma águia estilizada por uma imagem estilizada da caixa d´água da cidade, símbolo da cidade.
Foi assim que, em 23 de agosto de 1979, o estatuto do time foi alterado mudando o nome de Dom Bosco Esporte Clube para Ceilândia Esporte Clube.

A primeira partida profissional do Ceilândia Esporte Clube foi disputada ainda em 1979, diante do então time mais importante do Distrito Federal: o Brasília.

Numa quente tarde de sábado o Ceilândia fez uma boa partida, mas perdeu por 2 x 1. Risadinha fez o primeiro gol do Ceilândia.

Nos anos 80 o Ceilândia costumava fazer campanhas apenas medianas no campeonato do Distrito Federal, não conseguindo assim ser um clube de ponta no cenário local.


Há uma reportagem no site do Ceilândia que fala sobre um duelo entre Guará x Ceilândia em 1980.


CEC supreende Guará no CAVE

Quando, aos 45 do segundo tempo, Cacírio Marinho apitou o final do jogo, o Ceilândia conseguira o seu primeiro ponto no campeonato Metropolitano de 1980 ao empatar com o Guará em 1 x 1 no CAVE. Farncisco fez o primeiro gol em jogo oficial do CEC.


O nível técnico da partida não foi dos melhores. No primeiro tempo, o Guará, treinado por Alaor Capella, com boas atuações de Jânio e Marquinhos, tomou a iniciativa do jogo e perdeu seguidas oportunidade de abrir o marcador.


O jogo não mudou no segundo tempo. O Guará adiantou sua linha de defesa e manteve o Ceilândia acuado em seu próprio campo. De tanto insistir, o Guará abriu o marcador. Isto, contudo, somente ocorreu aos 30 minutos da etapa final. Jânio lançou Ivonildo que passou pelo seu marcador e tocou na saída de Edson: Guará 1 x 0.


Após o gol, o Guará chamou o Ceilândia para o seu campo. A estratégia não deu certo. Aos 36, Zé Vieira e Zé Carlos fizeram uma belíssima tabela. Zé Carlos chutou, a bola desviou na defesa e sobrou para Francisco, que entrara no lugar de Paulinho, fazer o gol do Ceilândia, o seu primeiro gol em jogo oficial.


Após fazer o gol, o CEC se animou. Partiu para o ataque e chegou a perder algumas chances. O resultado final, contudo, foi justo.


Ficha técnica:
Data: 25/05/1980
Guara 1 x 1 Ceilândia
Renda: 1.350 cruzeiros
Juiz: Cacírio Marinho
Auxiliares: Carlos Alberto Santiago e Luis Carlos Magno
Ceilândia: Edson, Aléssio, Toninho, Remilton e Teixeira. Adilson, Marquinhos e Zé Vieira. Julinho, Paulinho (Francisco) e Zé Carlos.
Técnico: Seu Chicão.


Em 1989 a boa campanha do Ceilândia no candangão rendeu uma vaga na Série C do mesmo ano e acabou se classificando para a segunda fase do torneio, na qual foi eliminado pelo Rio Branco-AC.


Nos anos 90 ficou alguns anos de fora do campeonato e voltou a disputar no ano de 1996, quando fez uma péssima campanha, ficando na lanterna e foi para o hexagonal da morte, mas assim como o Taguatinga, desistiu de disputar o hexagonal e foi automaticamente rebaixado para a segunda divisão local, e para muitos aí seria decretada a morte do Ceilândia.


Em 1997 acabou ficando na vice-lanterna da segunda divisão, mas em 1998 acabou dando as cartas no torneio e após ficar em primeiro na fase inicial, acabou eliminando o Comercial (time que viria a ser o Bandeirante) e na final acabou vencendo o Brazlândia e ficando com o título da segunda divisão do Distrito Federal, sendo assim o seu primeiro título, e de quebra tendo o artilheiro do campeonato, o atacante Cassius com 10 gols. O mesmo atacante é o maior artilheiro da história do Ceilândia

O atacante Cassius


No ano de 1999 o time conseguiu permanecer na elite.


Em 2002 classificou-se para o hexagonal final, mas acabou ficando na quinta posição.


Essa década foi marcada como uma década de ouro na história do Ceilândia Esporte Clube, que já fazia um bom trabalho nas categorias de base, mas o time decolou principalmente com a chegada de Sérgio Lisboa, ex-goleiro, ao comando do clube, onde fez bons investimentos e viu em 2004 chegar a polêmica final da Taça Brasília contra o Paranoá, onde o Paranoá foi campeão, mas o Ceilândia entrou no tribunal para conseguir o título, sendo que o Ceilândia ficou com a vaga na Série C do ano. Voltando a disputar a Série C após 15 anos, o Ceilândia passou de fase, mas acabou eliminado pelo CRAC.

Serjão


No ano seguinte o Ceilândia comandado por Mauro Fernandes e com um bom time fez a sua melhor campanha em campeonatos do Distrito Federal, conseguindo o inédito vice-campeonato, ficando atrás apenas do Brasiliense, tendo assim vaga na Copa do Brasil de 2006 e Série C de 2005.


Na Série C em 2005 o Ceilândia fez uma excelente campanha, passando na primeira fase junto com o Paranoá, eliminando o CENE na segunda fase e na terceira fase derrotando o Londrina vencendo os dois jogos. Nas quartas-de-final que valia vaga para o quadrangular decisivo acabou eliminado pelo Ipatinga.


Em 2006 fez sua estréia na Copa do Brasil enfrentando o Bahia no Abadião, onde empatou o primeiro jogo por 0 x 0 e no segundo jogo surpreendeu a todos, derrotando o tricolor por 2 x 1 em plena Fonte Nova com gols de Johnes e Betão para o gato. Na segunda fase encarou outro tricolor nordestino, o Fortaleza, que empatou o primeiro jogo no Abadião por 1 x 1 e perdeu o segundo jogo no Ceará por 3 x 1.


No Candangão o clube chegou ao quadrangular final, mas acabou ficando na lanterna, e já na série C o gato acabou eliminado na primeira fase, principalmente porque perdeu 6 pontos no tribunal.


Em 2007 o Ceilândia montou um time forte comandado novamente por Mauro Fernandes e com jogadores rodados como o zagueiro Andrei e o meia Sérgio Manoel, vindo para ganhar o campeonato, mas acabou ficando na terceira posição. Na Série C do mesmo ano foi eliminado na primeira fase.

Ceilândia 2 x 1 Gama em 2007 com Abadião lotado


No candangão de 2008 ficou novamente na terceira divisão, obtendo vaga na Série C, mas acabou desistindo de disputar a competição, alegando a falta de dinheiro. O Ceilândia acabou não participando de campeonatos juniores.

Juniores do Ceilândia


Após brigas dentro do clube, Serjão acaba deixando o comando do Ceilândia.


No ano de 2009, em que o Ceilândia completou 30 anos de existência foi marcado pela campanha ruim no Candangão, se salvando do rebaixamento apenas na última rodada ao vencer o Brasília por 2 x 1 no Abadião.

Ceilândia em 2009

Ceilândia 2 x 1 Brasília pelo Candangão 2009

2010 é marcado como o melhor ano da história do Ceilândia. O time entrou com vários reforços, entre eles Dimba e Allan Dellon, além do goleiro Edinho, o meia Willian, entre outros. O time passou em 3° para a segunda fase e lá se classificou apertado, ao vencer o Ceilandense por 2 x 1. Na final desbancou o favorito Brasiliense ao vencer por 3 x 1 no Abadião e empatar por 2 x 2 no Serejão, conquistando o primeiro título da história do clube.

Ceilândia campeão candango de 2010


Escudos Antigos

O primeiro escudo do Ceilândia reproduzia o símbolo da cidade: a caixa d'água. Posteriormente, por falta de sensibilidade dos Administradores do Distrito Federal, o símbolo da cidade de Ceilândia foi vulgarizado, podendo ser encontradas caixas d'água semelhantes noutras localidades.

Depois do desastre de 1996, o time ressurgiu em 1997 com novo escudo: com uma guarnição envolvendo um círculo centralizado e um gato estilizado ao fundo. Em 1999 o símbolo ganhou uma estrela vermelha sobre o escudo, destacando o campeonato brasiliense da segunda divisão.

Em 2001 o gato estilizado deixou o símbolo do Ceilândia, mas permanece como seu mascote.

Retirado do site do Ceilândia

Mascote


Gato

Da mesma maneira que os hinos, os mascotes dos times do Distrito Federal foram criação basicamente de uma pessoa: o radialista e publicitário Marcelo Ramos, “O Narrador do Povão”.

Incansável batalhador pelo futebol do Distrito Federal, Marcelo Ramos, “O Narrador do Povão”, deu ao Ceilândia um mascote que representa fielmente a história de luta pela sobrevivência do time: o gato preto.

Retirado do site do Ceilândia.

Estádio

Abadião

Nome: Estádio Maria de Lourdes Abadia

Local: Ceilândia/DF

Capacidade: 5000 pessoas

Inauguração: 1978

Recorde de público: 5011 pagantes - Ceilândia 0 x 0 Brasília, 22/03/1987

Jogo de Inauguração:

Propriedade: Administração Regional da Ceilândia

Obs: Maria de Lourdes Abadia coordenou a remoção de milhares de habitantes de favelas para Ceilândia, logo foi convidada a ser administradora do local, onde permaneceu por 14 anos, sendo responsável assim pela criação da Ceilândia, que hoje é a maior região administrativa do Distrito Federal.

Hino do Clube

Autor: José Wilson Costa Dias

Ceilândia agora está em festa
Com a maior animação
Comemorando mais uma vitória
Dessa vez será campeão (bis)
Mais um, Ceilândia, mais um!
Mais um gol para firmar sua liderança
Vais demonstrando a tua garra
Aumentando nossa fé e confiança
Mais um, Ceilândia, mais um!
Explode tua torcida de emoção
Vais conquistando mais um título
Está na hora de mais uma decisão.

link: http://hinosdetimes.blogspot.com/2009/05/ceilandiadf.html


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